O Estado | 20.10.17 |Varejistas e consumidores estão confiantes

Em outubro, os índices de confiança do consumidor e dos empresários do comércio de Fortaleza evidenciam um aquecimento para as vendas de final de ano. Enquanto a confiança dos consumidores teve o aumento de 5,3% – passando de 90,5 pontos, em setembro, para 95,3 neste mês – a confiança do empresário varejista, do bimestre setembro/outubro, subiu 9%, com o índice passando de 90,5 pontos, no bimestre julho/agosto, para 98,7 pontos na medição atual. As informações foram divulgadas, ontem, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio/CE), através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC).

Com relação ao resultado do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), o resultado positivo foi influenciado pelo crescimento dos seus dois componentes: o Índice de Situação Presente (ISP), que teve melhora de 4,4%, de 85,7 para 89,4 pontos no período analisado; e o Índice de Situação Futura (ISF), que teve ampliação de 5,9% atingindo o patamar de 99,2 pontos. Com o resultado de outubro há uma nova indicação de reversão da tendência de pessimismo, mostrando uma melhoria nas expectativas dos consumidores, com 33,2% dos entrevistados afirmando que outubro é um bom mês para a compra de bens de consumo duráveis.

Destaques
De acordo com a pesquisa, os que demonstram maior otimismo são os consumidores do gênero masculino, com 35,2%; o grupo com idade entre 18 e 24 anos, 35,9%; e os que possuem renda familiar superior a dez salários mínimos, pontuando 43,5%. Já a taxa de pretensão de compras teve crescimento de 3,8%, passando de 31,9%, em setembro, para 35,7%. Porém, o resultado é negativo se comparado a igual mês do ano passado, quando o percentual foi de 40,4%. “Esse dado indica que a melhoria da confiança do consumidor ainda não se reverteu completamente em potencial de compra”, destacou a Fecomércio, em nota.

O valor médio das compras é estimado em R$ 283,79 e a intenção de compra mostra-se mais elevada para os consumidores do sexo feminino (38,2%), para o grupo com idade entre 25 a 34 anos (42%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (45,9%). A pesquisa informa, ainda, que os produtos mais procurados são: artigos de vestuário, citados por 24,2% dos entrevistados; televisores (19,6%); móveis e artigos de decoração (17,8%); geladeiras e refrigeradores (14,6%); calçados (10,9%); e aparelhos de telefonia celular (10,9%).

Otimismo
O Índice de Confiança do Empresário (Icec) também cresceu no bimestre setembro/outubro (9%), no sentimento geral de confiança dos empresários. O levantamento aponta que o resultado decorre, principalmente, “da melhoria de percepção do ambiente econômico para o futuro próximo, coincidindo com a quadra denominada B-R-O-bró (setembro a dezembro)”. Dessa forma, “quebra-se a tendência de queda das expectativas presente até o último bimestre, reforçando o sentimento de retomada econômica que pode resultar em aumento de contratações e investimentos”, diz o texto.
O componente Índice de Situação Presente – ISP teve crescimento de 2,3%, saindo de 47,7 pontos no bimestre julho/agosto para 48,8 pontos neste período. O índice permanece no campo que indica pessimismo (abaixo dos 100 pontos), influenciado pelo sentimento de gravidade da crise, com 58,3% dos entrevistados reconhecendo a piora do ambiente econômico nos últimos doze meses e 78,5% afirmando que as condições gerais das suas empresas pioraram nos últimos seis meses.

Perspectivas
As perspectivas para o futuro, refletidas no Índice de Situação Futura (ISF), melhoraram 6%, com o índice passando de 120,9 pontos no bimestre anterior para 128,2 pontos nesta medição. O empresário acredita na melhoria das condições de suas empresas, com 95,7% dos entrevistados esperando momentos melhores nos próximos seis meses e 97,6% com previsão de crescimento das vendas.

A pesquisa ainda mostra que o avanço no índice geral de confiança afeta intenção de investimentos, com o Índice de Investimentos das Empresas (IIE) tendo ampliação de 17,7% no bimestre, atingindo 109,1 pontos. O otimismo poderá aquecer o mercado de trabalho, já que 83,9% dos entrevistados esperam crescimento nas contratações de empregados.

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