Empresários do Comércio avaliam prejuízos e cobram fim das paralisações no Ceará

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará, Maurício Filizola, reuniu, na tarde desta terça-feira (29), presidentes e representantes de 12 sindicatos filiados à instituição. O objetivo do encontro foi avaliar os impactos diretos causados pela paralisação dos caminhoneiros. Para Filizola, empresas e trabalhadores estão amargando enormes prejuízos, assim como a população, que tem sido penalizada com problemas de toda ordem e com consequências, às vezes, irremediáveis.

“Sabemos que a greve teve início por um descontentamento justo, por parte dos caminhoneiros. Mas, pelo que a gente acompanha, já foram atendidas suas demandas iniciais. Estamos observando que o movimento continua. Além disso, percebemos claramente uma movimentação muito mais na atuação política. No fim das contas, o prejuízo também irá se reverter ao bolso do cidadão, que acabará pagando mais caro pelos produtos que consumir, diante da iminente escassez prevista pelos setores. Se continuar essa situação, teremos desabastecimento e podemos ter produtos mais caros. E quem vai pagar é a população. É uma responsabilidade grande de quem faz a gestão pública”, pontuou o presidente.

Segundo análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada em seis unidades da Federação, a perda nas vendas de combustíveis e lubrificantes foi estimada em R$ 1,42 bilhão, e a escassez de combustíveis que restringiu a oferta de produtos hortifrutigranjeiros no ramo de hiper, supermercados e minimercados levou esse segmento à perda de R$ 1,73 bilhão, contabilizando perdas de R$ 3,1 bilhões no faturamento, até o dia 28 de maio.

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