Varejo registra aumento no volume de vendas

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de vendas do varejo aumentou no quarto trimestre de 2017, com 3.9%. No acumulado dos doze meses, cresceu 2.0%, sendo o maior resultado desde dezembro de 2014.
Embora, em dezembro de 2017, o comércio varejista nacional tenha recuado 1.5%, em comparação com novembro, na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 3.3%, perante dezembro de 2016.
A retração de dezembro em relação a novembro, na série com ajuste sazonal, foi conduzida pelos resultados negativos de seis dos oitos segmentos, são eles: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6.3%); Livros, jornais e papelaria (-4.0%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3.0%); Móveis e eletrodomésticos (-2.7%); Combustíveis e lubrificantes (-1.0%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação.
Em contrapartida, os setores de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1.25); e Tecidos, vestuário e calçados (0.5%), aumentaram em comparação com novembro de 2017.
Já em relação a dezembro de 2016, quatro dos oito segmentos obtiveram resultados positivos: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4.5%); Tecidos, vestuário e calçados (7.0%); Móveis e eletrodomésticos (8.2%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7.1%).
Para 2018, no comércio varejista ampliado, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), tem como expectativa aumento de 5.0% no faturamento. Ainda de acordo com a análise, o crescimento na atividade econômica é influenciado pelo consumo das famílias devido à baixa inflação, além de baixas taxas de juros. Já no comércio varejista, sem considerar os setores de materiais de construção e automóveis, a estimativa é de aumento 3,2%.
No Ceará, em dezembro de 2017, o setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, cresceu 5% no volume de vendas na comparação com novembro, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Antônio Félix. Os motivos que influenciaram a alta foi o recebimento do 13º salário dos trabalhadores e o aumento da variedade de produtos de conveniência em promoção.
Além disso, no período de final de ano, os cearenses optaram por comprar alguns produtos específicos, aumentando, assim, as vendas. “Os produtos mais procurados são vitaminas, produtos naturais e conveniência (cosméticos, perfumarias e correlatos) ”, explica, Antônio Félix.
Em relação a 2018, no primeiro bimestre, a procura dos cearenses foi por medicamentos de uso contínuo, ou seja, de primeira necessidade dos consumidores. No entanto, houve uma queda no faturamento nos meses de janeiro e fevereiro, já esperado nesse período, por conta das despesas com IPVA, IPTU, matrícula e material escolar.
Para março, o presidente da Sincofarma acredita que será um mês para alavancar as vendas. E, em relação a 2018, as perspectivas também são otimistas. “A expectativa será de um crescimento de 6,9% a 9,3%, segundo análise feito pela Sindusfarma, que foi apresentado em um fórum de estimativas para 2018 do setor farmacêutico”, disse.

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