Força-tarefa tenta evitar quebra de empresas

Depois de amargarem perdas com a deterioração financeira de grandes empresas, que entraram em recuperação judicial ou estão envolvidas na Lava Jato, os maiores bancos privados do País - Itaú, Bradesco e Santander - começaram, nos últimos meses, a se organizar para evitar uma crise ainda maior. A preocupação é que essa onda de recuperações se intensifique e provoque um efeito cascata de estragos na já combalida economia do País.

Com equipes especializadas, esses bancos criaram departamentos totalmente focados na reestruturação de médias e grandes empresas. A ideia é trabalhar de forma preventiva, antes que o problema leve mais companhias a um processo de recuperação judicial ou falência, o que é prejudicial também para o balanço dessas instituições.

Fontes de mercado afirmam que há uma lista de monitoramento de cerca de R$ 300 bilhões em dívidas de médias e grandes empresas na mira de bancos para reestruturação. Esse valor exclui a dívida da Oi e parte das renegociações de dívidas já feitas por algumas das empresas do grupo Odebrecht.

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A qualquer sinal de alerta sobre a saúde financeira de empresas, seja pela piora de indicadores do balanço ou por atrasos em dívidas ou impostos, por exemplo, as equipes de reestruturação desses bancos entram em ação para tentar estancar o problema de forma preventiva.

Diante de uma grande quantidade de empresas em dificuldades - seja por causa da crise econômica ou por causa da Lava Jato -, o time de reestruturação dos bancos inicia o pente-fino pelos setores nos quais as instituições têm maior exposição, como segmentos de construção, infraestrutura, varejo, revenda de carros e mercado imobiliário.

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