Temer empossa novos ministros em meio a crises

Ao dar posse ontem a Aloysio Nunes no cargo de ministro das Relações Exteriores e a Osmar Serraglio como ministro da Justiça e Segurança Pública, o presidente Michel Temer disse que ambos são qualificados para os novos desafios.

Segundo ele, a tarefa de "recolocar o Brasil no rumo do desenvolvimento é enorme". Durante o discurso, Temer elogiou a parceria que tem mantido com o Congresso Nacional para a aprovação de medidas de interesse do governo, classificando-a de "presidencialismo verdadeiro".

A Osmar Serraglio, Temer disse que ele terá um "trabalho pesadíssimo", destacando os desafios atuais da segurança pública.

Participaram da posse, além de outros ministros, senadores e deputados de vários partidos. Ao mencionar as reformas encaminhadas ao Congresso pelo Palácio do Planalto, dirigindo-se aos parlamentares, o presidente disse ter "absoluta convicção" de que alcançará as vitórias "em nome do país".

Sobre os desafios do novo chefe do Itamaraty, Temer disse que ele deve continuar desempenhando o papel de José Serra no sentido de universalizar as relações internacionais. "Não vamos segmentá-las em nome de interesses dessa ou daquela qualidade. Devemos ter uma relação institucional entre Estados", disse.

Delatados

Serraglio afirmou, no discurso na cerimônia de transmissão de cargo, que não tem informações sobre a lista de políticos envolvidos na delação da Odebrecht e que não há nenhuma possibilidade de interferir no andamento das investigações relacionadas à Lava-Jato. "Não acho nada sobre a lista do Janot porque não sei o que tem nela", afirmou.

Ainda segundo o novo ministro, a ordem do presidente Temer é que não haja interferência na Lava-Jato. Parlamentares investigados na Lava-Jato prestigiaram a posse.

Já Aloysio Nunes, afirmou que pediu a Michel Temer e ao ministro Marcos Pereira (MDIC) que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) continuasse subordinada ao Itamaraty por um "tempo", para que houvesse uma transição gradual.

Serraglio voltou a dizer que o Diretor-Geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, continua no cargo. Ele disse esperar que "ninguém se envolva" na lista que está sendo preparada pelo Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, com pedidos de abertura de inquéritos relativos à Operação Lava-Jato.

Aloysio Nunes, por sua vez, disse que inicia os trabalhos à frente da Pasta já hoje, durante visita à Argentina. Ele informou que se reunirá com os chanceleres de Paraguai, Uruguai e Argentina e que o encontro tratará d a convergência de interesses do Mercosul com os países pertencentes à Aliança do Pacífico.

Fonte - Diário do Nordeste

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