Diário do Nordeste | 20.10.17 | 35,7% dos consumidores pretendem ir às compras

A proximidade do fim do ano fez a intenção de compra do consumidor fortalezense aumentar 3,8 pontos percentuais em outubro em relação a setembro, com 35,7% das pessoas pretendendo comprar algo neste mês, após uma queda de 4,5 pontos percentuais na passagem de agosto para setembro. O tíquete médio deste mês ficou em R$ 283,79, revela a pesquisa Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza, divulgada ontem (19) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE).

Para Mauricio Filizola, vice-diretor da Fecomércio-CE, o aumento se deu por causa da proximidade do fim de ano, período em que as vendas do comércio são tradicionalmente maiores. "O Natal é o melhor momento do ano para o comércio como um todo, e com o recebimento do 13º salário, em meados de novembro, a expectativa de compra dos consumidores fica maior ainda. Eles começam a planejar os gastos também. Tudo isso favorece", analisa.

Os produtos mais desejados neste mês são os de vestuário, sendo alvo de 24,2% dos entrevistados. Logo atrás aparecem as televisões (19,6%), móveis (17,8%), geladeiras (14,2%), calçados e celulares (ambos com 10,9%). "De um modo geral, os artigos de vestuário sempre aparecem nas primeiras posições nesse ranking de consumo. Nesses últimos meses do ano, isso aumenta ainda mais, porque o Natal e Ano Novo representam festa, isso faz com que as pessoas pensem mais na aparência física", afirma Mauricio.

Influência das promoções

Filizola destaca que as promoções tão recorrentes nesse período também acabam influenciando o índice de intenção de compra. "Liquidação é uma coisa que chama muito a atenção do público. Com a maioria das lojas trazendo alguma condição especial, o consumidor acaba querendo comprando mais", explica. "Esse dado é para os lojistas também, que acabam ficando cientes do que o cliente quer e se adequando para tirar maior proveito", acrescenta.

A confiança do consumidor também interfere na intenção de compra. O levantamento mostra que essa taxa subiu 5,3% este mês após uma queda de 4,6% em setembro, influenciado pelo índice de expectativa futura, que apresentou uma alta de 5,9%, chegando a 99,2 pontos, maior patamar desde julho deste ano. "Já podemos observar um aquecimento na economia como um todo, não como a gente quer, mas já é possível observar alguma melhora e isso reflete nos dados. A inflação está mais baixa, a taxa de juros está caindo, então isso deixa as pessoas mais confiantes", esclarece Mauricio.

Visão do futuro

Diante disso, 61,7% dos entrevistados pela pesquisa da Fecomércio-CE afirmam ter boas expectativas sobre a situação financeira familiar nos próximos 12 meses contra apenas 29,5% que veem as condições como ruins. No entanto, a percepção dos consumidores em relação a compra de bens duráveis no próximo mês segue ruim, de acordo com 51,9% das respostas.

"Esse número ainda está ruim porque as pessoas aprenderam com a crise que não podem comprar por impulso, então eles pensam antes de realizar uma compra. Além disso, são produtos de valores mais altos e que não se compra com tanta frequência", pontua o vice-presidente da Fecomércio-CE.

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