O Estado | 22.11.17 |Nível de endividamento cresce na Capital

A Pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza, realizada pela Fecomércio-CE, para este mês de novembro, demonstra que 69,6% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. O índice foi 6,5 pontos percentuais acima do indicador de outubro (63,1%) e superior ao índice de novembro do ano passado (63,8%). A proporção de consumidores com contas ou dívidas em atraso subiu 1,3 ponto percentual, passando de 22,9% dos consumidores em outubro, para 24,2% neste mês. Os problemas financeiros afetam mais as mulheres (26,4% dos entrevistados desse grupo afirmaram possuir contas atrasadas), principalmente com idade entre 25 e 34 anos (27,6%) e com renda familiar abaixo de cinco salários mínimos (25,9%).

A pesquisa mostra, ainda, que o tempo médio de atraso é de 62 dias e a principal justificativa para o não pagamento é o desequilíbrio financeiro – a diferença entre a renda e os gastos correntes – citado por 59,0% dos consumidores. O segundo motivo mais citado é o adiamento por causa do uso dos recursos em outras finalidades, com 29,6%, seguido da contestação da dívida (9,8%). Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito (80,7%); financiamento bancário (veículos, imóveis, outros), com 11,5%; empréstimos pessoais (9,3%), além de carnês e crediários, com 8,5%.

Segundo a pesquisa, o consumidor utilizou o crédito para consumo de itens de alimentação (57,2%); compras de artigos de vestuário (36,7%); aquisição de eletroeletrônicos (35,1%), e realização de despesas de educação e saúde (30,0%). O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.326,00 com prazo médio de sete meses, comprometendo 36,7% da renda familiar dos consumidores com o seu pagamento. A taxa de inadimplência potencial, ou seja, a proporção de consumidores que não terá condições financeiras para honrar seus compromissos, permaneceu estável, em 9,8%. Essa taxa é superior à observada em novembro do ano passado (9,2%), sugerindo uma leve tendência de alta do indicador.

De acordo com a pesquisa, 12,7% dos entrevistados relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos e 10,4% informaram não possuir orçamento e tampouco controle. A falta de planejamento orçamentário é um problema crítico para o controle do endividamento, estando sempre entre um dos principais motivos para o atraso ou inadimplência. Dos fatores que os consumidores consideram que mais contribuem para esse problema, são: a falta de orçamento e controle de gastos, com 33,2% das respostas; o aumento dos gastos considerados essenciais (26,1%); as compras por impulso, sem necessidade ou além do necessário (22,4%); redução dos rendimentos (19,8%); desemprego (16,4%); e compras antecipadas (15,9%).

Estatística
O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC) da Fecomércio-CE foi criado para suprir a ausência de informações práticas e de dados estatísticos confiáveis, que auxiliassem as ações de planejamento e de desenvolvimento das empresas do segmento de comércio de bens, serviços e turismo. O instituto realiza e desenvolve pesquisas, sobretudo, de viés econômico, fornecendo dados referentes ao comportamento do consumidor, a situação econômica do comércio local e as tendências de mercado e de consumo dos fortalezenses.

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