Realizado de 24 a 26 de fevereiro, de forma remota e online, o evento discutiu Inteligência Emocional em Tempos Adversos e a Atuação Docente
O II Congresso de Educação Sesc Senac proporcionou aos participantes cerca de 16 horas entre workshops e oficinas, voltados para professores e instrutores do Sistema Fecomércio, além de quatro palestras abertas ao público. Tudo gratuito e realizado de forma remota e online, o evento garantiu a participação de mais de 7.300 inscritos, alcançado vários estados do País.
“Há cerca de um ano, em fevereiro de 2020, realizamos o I Congresso de Educação, com mais de mil inscritos, em um evento presencial. Hoje, com a ajuda dos meios tecnológicos, o evento conseguiu chegar em vários estados do Brasil, abrindo a oportunidade para mais pessoas participarem dessa edição que discute a educação com foco nos educadores, mas que também levanta o debate sobre o uso da tecnologia no ensino”, lembrou o presidente do Sistema Fecomércio Ceará, Maurício Filizola, durante a abertura do evento, no dia 24.
Para além dos números, o II Congresso proporcionou muitas trocas, experiências e aprendizados. Com o tema Inteligência Emocional em Tempos Adversos e a Atuação Docente, o evento lançou um novo olhar sobre a educação, ao mesmo tempo em que discutiu a necessidade do educador se perceber nesse cenário atual surgido a partir da pandemia.
Inteligência emocional foi abordada no workshop de Saúde Mental e Emocional do Profissional de Educação, realizado no dia 25, que apresentou conceitos, técnicas e vivências relacionadas às emoções e atitudes dos profissionais que atuam no ambiente escolar, em especial, nas unidades Sesc do Ceará.
Outro momento que trouxe esse assunto para o centro do debate foi a palestra de encerramento, do dia 26, Competências socioemocionais na educação – integração entre o sentir e o aprender, com Eduardo Shinyashiki, palestrante, consultor organizacional e especialista em desenvolvimento das Competências de Liderança e Preparação de Equipes.
A palestra abordou uma percepção ampla do que acontece internamente em cada um, sendo orientados a compreender como o ser humano lida com as emoções em relação às outras pessoas e principalmente com o cenário em que está inserido.
Mundo Digital
Com a mudança de cenário provocada pela pandemia do novo Coronavírus, o uso das tecnologias na educação foi assunto obrigatório no evento. A palestra do professor José Motta Filho, diretor de Educação da Moonshot Educação e da Silicon Valley, as Tecnologias Educacionais Emergentes, realizada no dia 25, provocou uma reflexão sobre diversas metodologias de ensino, tais como Inovação Evolutiva, Educação 5.0, Aprendizagem Híbrida, Metodologias Ativas, além de outras.
De acordo com ele, “a educação foi empurrada do jeito analógico para o jeito digital de fazer as coisas”. Entretanto, ele faz questão de reforçar que a tecnologia deve ser tratada sempre como um meio e nunca como o fim. “A internet é apenas a maneira de chegar à maior parte das casas do planeta”, reforçou.
O workshop Gamificação e Cultura Maker na Educação, que também aconteceu no dia 25, abordou sobre o uso de metodologias ativas na aprendizagem como forma de engajar os estudantes na resolução de problemas. O momento foi importante para convidar os professores a saírem da zona de conforto, levantar questionamentos e os levar a refletir sobre os métodos de ensino.
Escola ideal
Durante todo o evento, não deixou de ser pautada que tipo de escola nasce desse contexto. Na palestra de abertura, dia 24, o pedagogo português José Pacheco, um dos fundadores da Escola da Ponte debateu Novas Construções Sociais de Aprendizagem. Durante a palestra, Pacheco destacou que os novos desafios vivenciados na educação podem representar uma grande oportunidade para promover mudanças no modelo tradicional de ensino, privilegiando, sobretudo, as relações entre alunos e professores.
O pedagogo afirmou que o brasileiro deve deixar de procurar exemplos de outros países para basear o modelo de educação e enalteceu a qualidade dos educadores e da educação praticada no País.
Fechando o II Congresso, o workshop Mudanças no cenário educacional: qual escola é necessária hoje? Foi importante para debater sobre diversas plataformas digitais que podem ajudar na construção de aulas mais participativas e colaborativas, ajudando os professores do Sesc a perceber diversas metodologias para o ensino remoto.
