Aos Empresários do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

A Federação do Comércio do Ceará – Fecomércio, representante legítima de todas as empresas dos segmentos de bens, serviços e turismo, manifesta sua insatisfação com a decisão do Governo do Estado em prorrogar, por mais uma semana, a reabertura do comércio.

Compreendemos a gravidade da crise sanitária e reconhecemos o esforço do executivo estadual em combater os avanços dos casos de COVID-19. Mas não podemos fechar os olhos para a realidade da crise econômica e os impactos no setor do comércio, responsável por mais de 70% do PIB estadual.

Para se ter uma ideia do atual cenário no comércio, a pesquisa Confiança e Intenção de Compra do Consumidor, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), mostra que os consumidores estão menos confiantes (96,8%). É o menor percentual de confiança desde julho do ano passado, o que reflete diretamente no consumo.

Além das perdas no faturamento em 2020, decorrentes da pandemia, os empresários investiram em equipamentos e medidas de segurança para seguir rigorosamente os protocolos de funcionamento. Neste ano, quando parecia iniciar uma recuperação financeira, estão sendo novamente penalizados.

Fora esse triste cenário, os incentivos recebidos foram desproporcionais aos prejuízos acumulados. Como se não bastasse todas as contas, estão sendo responsabilizadas também pela crise na saúde. Essa conta não é apenas do comércio.

A Fecomércio, cumprindo sua missão de defender o setor, apresentou ao Governo do Estado um conjunto de medidas justas que possibilitem o funcionamento do comércio e ao mesmo tempo evitem a aglomeração, além de dados que comprovam que a reabertura do comércio formal não foi a causa no aumento no número de casos de covid-19.

O comércio de bens, serviços e turismo defende a implantação de medidas rígidas de controle sanitário que garanta o exercício da atividade econômica essencial à sobrevivência das famílias cearenses.

A Federação do Comércio permanece à disposição para contribuir e dialogar na construção de medidas planejadas e efetivas que possam garantir a saúde das pessoas e a manutenção dos seus empregos.

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