Pesquisa aponta queda na inadimplência em Fortaleza

Em março, a Pesquisa do Endividamento do Consumidor realizada pela Fecomércio Ceará, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), aponta que 73,1% dos residentes da capital estão endividados, com um crescimento de 0,9 pontos percentuais sobre o último mês de fevereiro (72,2%), porém, abaixo do indicador do mesmo mês de 2023 (75,0%).Com relação ao índice de consumidores com contas pendentes ou dívidas em atraso, houve aumento de 0,3 pontos percentuais, com o índice passando de 21,5%, em fevereiro, para 21,8% na atual medição. Apesar do aumento, o indicador permanece abaixo do verificado no mesmo mês do ano passado, quando foi medido em 24,2%.

Comprometimento da renda
Em Fortaleza, os consumidores destinam, em média, 47,7% da renda familiar para pagar dívidas, com aumento de 3,5 pontos percentuais na taxa de comprometimento em comparação ao último mês de fevereiro (44,2%) e superior ao observado em março do ano passado, de 43,7%. O endividamento médio é de R$ 1.836 com prazo médio de oito meses para o seu vencimento total. Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 79,0% dos entrevistados; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 15,4%; empréstimos pessoais, com 10,5% e carnês e crediários, com 4,8%.

Os resultados da pesquisa revelam que são os gastos correntes que predominantemente contribuem para o endividamento, destacando-se aquisição de alimentos a prazo, mencionada por 69,5% dos entrevistados. Além disso, observa-se o comprometimento financeiro com a cobertura de despesas relacionadas à saúde (27,3%), a compra de itens de vestuário (26,6%) e o pagamento dos custos de aluguel residencial (24,4%).

Inadimplência potencial
A taxa de inadimplência potencial, que indica a proporção de consumidores que enfrentarão dificuldades financeiras para cumprir suas obrigações, foi de 9,7% na atual edição da pesquisa, com queda de 1,4 pontos percentuais em comparação com o mês de fevereiro (11,1%), e abaixo do observado em março do ano passado (10,4%).

Orçamento familiar
A pesquisa ainda revela que 77,2% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento. Dos entrevistados, 10,5% relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos, e 12,3% informaram não possuir orçamento e tampouco controle dos gastos.

Entre os fatores que os consumidores apontam como contribuintes para essa problemática, destacam-se:
• A falta de orçamento e controle dos gastos, com 58,6% das respostas;
• O aumento dos gastos considerados essenciais, com 27,7%;
• Gastos imprevistos, com 18,9%;
• As compras por impulso, sem necessidade ou além do necessário, com 18,7%.
• Redução dos rendimentos, com 11,1%;
• Desemprego, com 8,4%.

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