Confiança do Consumidor cai, mas mantem tendência de recuperação

De acordo com pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio/CE), em setembro, o Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) apresentou redução de -2,9%, passando de 108,7 pontos, em agosto, para 105,5 pontos neste mês. Apesar da queda, o ICC mantém a tendência de recuperação iniciada no final do ano passado.

O resultado do ICC foi influenciado pela contração dos seus dois componentes: o Índice de Situação Presente teve decréscimo de -1,9%, passando de 99,7 pontos em agosto para 97,8 pontos neste mês e o Índice de Situação Futura caiu -3,5%, atingindo o patamar de 110,7 pontos.Expectativa dos consumidores

A pesquisa revela que, em setembro, 42,0% dos entrevistados mostram boa disposição para a compra de bens duráveis. Dentre aqueles que demonstram maior entusiasmo, destacam-se os consumidores do sexo masculino (45,4% dos entrevistados afirmam que setembro é um bom momento para compra de bens de consumo duráveis), do grupo com idade entre 18 e 24 anos (44,8%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (47,6%).

O estudo também mostra que 59,7% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano – taxa levemente abaixo da verificada em agosto (60,2%). Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 77,8% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.

Por outro lado, a pesquisa aponta que o consumidor de Fortaleza tem mostrado preocupações com o ambiente econômico nacional, com 56,0% dos entrevistados descrevendo-o como ruim ou péssimo. Esse sentimento, segundo o levantamento, recebe influências da percepção das incertezas ainda existentes sobre o quadro de recuperação econômica e das dúvidas do cenário político.

Pretensão de compra
A taxa de pretensão de compras teve declínio de -6,4 pontos percentuais, passando de 35,7%, em agosto, para 29,3% neste mês, situando-se, também, abaixo da observada no mesmo mês do ano passado (31,9%).

Após a Copa do Mundo de Futebol, a demanda de televisores ganhou concorrência com os artigos de vestuário, mas o calendário de promoções do varejo alimenta a procura por bens de consumo duráveis para o lar, conforme sugere a lista de produtos mais procurados: televisores, citados por 19,2% dos entrevistados; artigos de vestuário (18,6%); móveis e artigos de decoração (12,4%); calçados (12,4%); geladeiras e refrigeradores (11,9%); fogões (9,6%); e automóveis (8,1%).

O valor médio das compras é estimado em R$ 569,39 e a intenção de compra mostra-se mais elevada para os consumidores do sexo masculino (29,7%), mais vigorosa para o grupo com idade entre 18 a 24 anos (36,3%) e com renda familiar de até cinco salários mínimos (30,1%).

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