Fecomércio-CE divulga pesquisa de confiança do consumidor

A pesquisa aponta que 51,2% dos consumidores acreditam na melhoria do

ambiente econômico nacional para os próximos doze meses

O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) apresentou
redução de -2,4% no segundo bimestre do ano, passando de 106,1 pontos no
período janeiro/fevereiro, para 103,6 pontos no bimestre março/abril. Apesar
da diminuição da confiança, o consumidor deve aumentar o consumo no
bimestre.
A queda do ICC decorreu do declínio dos seus dois componentes: o Índice
de Situação Presente (ISP) caiu -3,7%, passando de 87,6 pontos no primeiro
bimestre para 84,4 pontos no período março/abril. Já o Índice de Situação
Futura (IEF) teve diminuição de -1,7%, alcançando o patamar de 116,5
pontos, como pode ser visto na tabela 1 a seguir:

Tabela 1 – ICC, Síntese dos resultados
Índice Valor mensal - em pontos Média do
Semestre Nov/Dez Jan/Fev Mar/Abr
ICC 100,6 106,1 103,6 103,4
ISP 78,6 87,6 84,4 83,5
IEF 115,2 118,5 116,5 116,7
Fonte: Pesquisa Direta IPDC

A queda dos indicadores de confiança está relacionada com a conjuntura
econômica desfavorável, com uma combinação de inflação elevada e mercado
de trabalho adverso, trazendo muita incerteza para o consumidor.
Um dos efeitos imediatos é a mudança do perfil de consumo, com redução
da demanda por produtos semiduráveis (vestuário, calçados etc.) e predomínio
da procura por itens de consumo duráveis, principalmente aqueles
relacionados com o conforto e a comodidade no lar.

Expectativa dos consumidores
Após o período de liquidações e promoções típico do início do ano, a
procura por bens de consumo duráveis permanece em alta com 27,5% dos
consumidores afirmando um bom ou ótimo momento para a compra de bens
duráveis.
O perfil desse consumidor mostra o predomínio do grupo de sexo
masculino (33,9%), com idade entre 18 e 24 anos (33,2%) e com renda
familiar acima de dez salários-mínimos (64,9%).
O estudo também mostra que 55,2% dos consumidores de Fortaleza
consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do
que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas,
com 74,8% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura
será melhor ou muito melhor do que a atual.
Sobre a percepção do ambiente econômico nacional, 51,2% dos
consumidores entrevistados acreditam em melhoria no cenário nos próximos
doze meses, resultado levemente superior ao observado no bimestre
janeiro/fevereiro, de 50,9%.
Pretensão de compra
Apesar da queda do ICC, a taxa de pretensão de compras teve aumento de
+7,6 pontos percentuais, passando de 32,2% no bimestre janeiro/fevereiro,
para 39,8% no atual bimestre.
A maior propensão ao consumo se encontra nos grupos feminino (40,5%),
com faixa etária entre 25 e 34 anos (47,2%) e com renda familiar entre cinco
e dez salários-mínimos (48,0%). Como dito anteriormente, a demanda se
mantém concentrada em bens de consumo duráveis:

i. Móveis e artigos de decoração, citados por 19,2% dos
entrevistados;
ii. Televisores (17,4%);
iii. Geladeiras e refrigeradores (13,8%);
iv. Artigos de vestuário (13,7%);
v. Calçados (11,3%);
vi. Máquina de lavar roupa (11,2%); e
vii. Aparelhos de telefonia celular e smartphones (11,1%).
O valor médio das compras é estimado em R$ 616,63 e o
potencial de consumo mostra-se mais elevado para o grupo de consumidores
do sexo masculino (R$ 633,39), com idade entre 25 e 34 anos (R$ 634,21) e
do estrato com renda familiar acima de dez salários-mínimos (R$ 725,00).

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