Fecomércio e demais instituições do setor produtivo entregam manifesto ao Governo do Ceará

O Setor Produtivo Cearense, representado no Comitê de enfrentamento ao Coronavírus do Governo do Ceará pela Fiec, Fecomércio, Fetrans, Faec e CDL, lançou nesta segunda-feira, 20, um manifesto afirmando profunda insatisfação pela falta de um plano de flexibilização para a retomada gradual das atividades econômicas.

A nota pede a criação de uma comissão composta por membros do Governo e do Setor Produtivo, para debater uma forma segura de flexibilizar o retorno gradual das atividades empresariais. Confira o manifesto abaixo na íntegra:

O SETOR PRODUTIVO CEARENSE, representado no Comitê de enfrentamento ao Coronavírus do Governo do Ceará pela FIEC, FECOMÉRCIO, FETRANS, FAEC e CDL, MANIFESTA A SUA PROFUNDA INSATISFAÇÃO pela falta de um plano de flexibilização para a retomada gradual das atividades econômicas, que possa assegurar todos os cuidados necessários tanto aos nossos colaboradores como à sociedade, visando à mitigação dos impactos da crise, simultaneamente à saúde pública e à economia, de modo a preservar vidas e manutenção dos empregos; a situação atual traz profunda insegurança à sociedade, aos empresários e aos seus colaboradores, informais e autônomos.

Estamos apoiando todas as medidas do Governo para minimizar os impactos da pandemia e enfrentar a crise e respeitando todas as medidas de prevenção e combate à propagação do vírus, em especial as de isolamento e suspensão de atividades, e, além disso, através de parcerias com a iniciativa privada, estamos em constante mobilização para colaborar com a doação de equipamentos hospitalares, fornecimento de EPI's para hospitais e campanhas de conscientização.

As entidades que assinam este Manifesto, hoje representam 1.080.000 empregos formais no Estado do Ceará, o que significa 73,3% de todos os empregos no Estado do Ceará e 76,31% do PIB estadual. Desse modo, estão preocupadas em não serem omissas, diante do desafio de manter empregos e salários de seus colaboradores.

No entanto, é inconcebível que transcorrido um mês do início do isolamento e já tendo sido anunciado a sua prorrogação até o dia 05 de maio de 2020, conforme Decreto Estadual nº 33.544, de 19 de abril de 2020, o Setor Produtivo ainda NÃO TENHA RECEBIDO NENHUMA PROPOSTA CLARA, nenhum plano específico, nenhum cronograma, sobre nossos principais pleitos para a reabertura dos negócios e a retomada das atividades produtivas, seguindo todas as orientações da OMS.

Muito pelo contrário, ao insistir em um pseudo conflito de interesses entre a saúde pública e a economia, estamos assistindo medidas que paralisam a atividade produtiva e que terão impactos duradouros e diretos na saúde financeira de todos os cearenses.

Nesse sentido, solicitamos a CRIAÇÃO DE UMA COMISSÃO composta por membros do Governo e do Setor Produtivo,  para que possamos de forma segura flexibilizar o retorno gradual das atividades empresariais, dentro de padrões estabelecidos por essa Comissão, a fim de que possamos encontrar um caminho que preserve o equilíbrio econômico e social no combate à pandemia.

Seguimos abertos ao diálogo e com a certeza que o enfrentamento da pandemia não é só uma questão de saúde pública, mas também econômica e social. Assinam o manifesto o presidente da Fecomércio Ceará, Maurício Filizola; o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante; o presidente da FCDL, Freitas Cordeiro; o presidente da FAEC, Flávio Saboya; presidente da FETRANS, Chiquinho Feitosa; presidente da FACIC, Francisco Barreto; presidente da CDL, Assis Cavalcante; presidente do Sindilojas, Cid Alves; presidente da Femicro Ceará, Dalvani Mota e o presidente da ACC João Porto Guimarães.

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