Fecomércio integra Fórum Permanente das Câmaras de Comércio Estrangeiras no Ceará

A necessidade de valorização dos produtos regionais do Ceará, o apoio às micro e pequenas empresas, além de impulsionamento do turismo local. Esses foram os pontos principais ressaltados pelo presidente licenciado do Sistema Fecomércio-CE e vice-presidente administrativo da CNC, Luiz Gastão Bittencourt, durante a 3ª edição do Ceará Global. Durante o evento, foi assinado um importante acordo entre a Fecomércio, a Fiec e o Sebrae para a formação de um Fórum Permanente das Câmaras de Comércio Estrangeiras no Ceará.

O Fórum tem como objetivo principal discutir formas de cooperação entre as Câmaras de Comércio e mecanismos de apoio ao processo de internacionalização da economia do Estado do Ceará, bem como realizar, anualmente, um encontro presencial para debater com o poder público, setor produtivo e sociedade civil medidas que impactem positivamente o processo de internacionalização da economia do Estado.

De acordo com o Luiz Gastão, a interação entre instituições privadas e o poder público, é de vital importância para a economia local, algo que, segundo ressaltou, já vem sendo feito há 30 anos pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), e aqui no Ceará, destaca, a Fecomércio sempre buscou esse caminho por entender que proporciona uma rica troca de experiência.
Gastão ministrou a palestra "Cooperar para Internacionalizar", juntamente com o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Beto Studart e com o diretor técnico do Sebrae-CE, Alci Porto.

Potencial Turístico
Para o vice-presidente administrativo da CNC, a internacionalização passa também pelo turismo, uma área, ressalta, de extrema relevância para a economia do Estado e em que o Ceará apresenta muito potencial. Gastão lembra que não apenas pelas belas praias do Estado, mas outras regiões possuem atrativos que interessam os turistas, como o Cariri.

Ele lembrou que o Sistema Fecomércio Ceará, através do Sesc, iniciou uma campanha para tornar a Chapada do Araripe, localizada também no Cariri, em Patrimônio da Humanidade. Todo o Cariri, segundo ele, é rico culturalmente e precisa ser mostrado ao mundo.

Valorização dos produtos locais
Gastão enfatizou ainda a importância das micro e pequenas empresas para a geração de emprego e renda no Ceará. Conforme o diretor técnico do Sebrae-CE, Alci Porto, 98,8% das empresas no Estado se enquadram nessa categoria, sendo as responsáveis por 26,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará e por 46,8% dos empregos formais.

Segundo Gastão, além de garantir apoio aos micro e pequenos empresário, é necessário valorizar os produtos regionais, por isso a união de instituições públicas e privadas é salutar para identificar esses produtores e expandir sua atuação. “Acredito que através desse olhar conjunto para o Ceará, olhando o nosso Estado de forma global, vamos nos destacar ainda mais no cenário nacional e também mundial. Os cearenses são determinados e criativos para vencer qualquer dificuldade”, defendeu.

O presidente da Fiec, Beto Studart, chamou atenção para a necessidade do Ceará apostar mais na exportação. “Ainda não tivemos coragem de explorar mercados fora do País”, pontuou. Assim como o Estado ainda não deslanchou para exportar seus produtos para outros países, também não avançamos na importação de matéria-prima, considerou Beto Studart.

O Ceará Global é o principal evento voltado para a internacionalização da economia do Ceará. Neste ano, o Ceará Global teve como tema: A força das Micro e Pequenas Empresas e reuniu empreendedores, investidores, entidades de classe e poder público ligados ao comércio exterior.

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