Pesquisa aponta reação na confiança dos consumidores

Apesar de todas as dificuldades impostas pela pandemia de Covid19 e a crise econômica, os fortalezenses se mostram mais favoráveis ao consumo.

A confiança do consumidor de Fortaleza apresentou sinal de melhora, segundo resultado da pesquisa Índice Confiança do Consumidor (ICC) para os meses de maio e junho deste ano. De acordo com o levantamento, realizado pela Fecomércio Ceará, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), a confiança do consumidor ultrapassou os 100 pontos, chegando a 100,5 pontos.

O número é considerado animador, tendo em vista todas as dificuldades impostas pela pandemia de Covid19 e a crise econômica. Além disso, houve um leve crescimento de 3,7 pontos em relação ao bimestre anterior de março e abril, quando o indicador ficou de 96,8.  Apesar de ainda distante do melhor momento da série de 14 meses, que marcou 112,9 pontos (Nov-Dez/20), a pesquisa aponta para uma reação positiva do consumidor.

A pesquisa também apontou alta na percepção do Índice de Situação Presente (ISP). O indicador saiu de 64,4 pontos (Mar-Abr/21) para 68,1 pontos, aumento de 3,7 pontos. Isso significa que o consumidor fortalezense enxerga uma ligeira melhora para o momento atual.

O melhor resultado ficou para o índice das Expectativas Futuras (IEF), que saltou de 118,4 pontos (Mar-Abr/21) para 122,1 no bimestre atual, o maior nível desde Nov-Dez/20, com aumento de 3,7 pontos. O índice do bimestre foi também o segundo melhor da série de 14 meses, que registrou o maior patamar em Jul-Ago/20 (123,6), quando se configurou a retomada pós-primeiro lockdown.

De acordo com a pesquisa, há um grupo de consumidores da população fortalezense que apresenta melhor indicador de confiança. São pessoas do sexo masculino, com 103,3 pontos; a faixa etária de 25 a 34 anos, com 111,5 pontos; com escolaridade superior; 107,7 pontos e a renda familiar maior de 10 salários mínimos, registrando 117,6 pontos.

Percepção dos consumidores

Quando o assunto é sobre a situação financeira e a condição para ir às compras de bens duráveis no mês seguinte, o reflexo do aperto financeiro é enfatizado. Um percentual de 46% dos consumidores aponta que o momento é ruim e, para 34%, é péssimo. O contingente que vê a perspectiva como boa é de 18,9% e só 0,7% enxerga como ótima.

Com mais desemprego e inflação em alta, as percepções dos consumidores sobre a situação financeira de suas famílias comparadas ao ano passado pioraram. Segundo o levantamento, 58,4% dos entrevistados consideram que sua condição é ruim e 5,8% acham péssima em relação ao ano anterior. Apenas 5,8% avaliam que a situação está boa e 1,0%, ótima.

Considerando o longo prazo, quando questionados sobre as expectativas financeiras das famílias para os próximos 12 meses, 64,7% responderam que será boa, 12,8% ótima, 21,3% consideram que será ruim e 1,2% crê que será péssima.

Expectativa com o futuro da economia

Ainda que agora o Brasil atravesse uma crise profunda, o que claramente influencia o comportamento do consumidor, 49% acreditam que a situação econômica do País será boa daqui a 12 meses e 7,3% acham que será ótima. Por outro lado, 37,7% avaliam que ainda será ruim e 5,8% enxergam a situação futura como péssima.

Para os próximos cinco anos, a expectativa dominante entre os fortalezenses com relação à situação econômica é de que o cenário será bom para 64,6% e ótima para 8,6%. Em contraponto, 22,9% acreditam que será ruim e 3,9%, acham que será péssimo.

Intenção de Compra dos Consumidores

A taxa percentual de intenção de compra mensal dos consumidores também apresentou alta nos meses de Mai-Jun/21, chegando a 37,3%, um aumento de 12,8 pontos percentuais contra Mar-Abr/21, quando marcou 24,5%, o menor nível da série histórica de 14 meses.

Embalados nas datas tradicionais de maior consumo, como Dia das Mães, em maio, e o Dia dos Namorados no mês de junho, os produtos que lideram o ranking de mais desejados pelo consumidor neste bimestre são: TVs (23%), vestuário (17,3%), celulares/smartphones (16,6%), predominando bens de consumo de maior valor.

A expectativa de gastos com as compras também se mostra em geral mais significativa, com 65,9% projetando um valor acima de R$ 1 mil neste bimestre. Outros 16,1% preveem gastos de R$ 500 a R$ 1 mil, enquanto 9,9% se dispõem a desembolsar entre R$ 251 e R$ 499 em compras. Para 8,1%, o teto de gastos é de R$ 250.

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