Pesquisa da Fecomércio revela otimismo de consumidores e empresários

Consumidores e empresários se mostram otimistas com o cenário econômico nacional. De acordo com as pesquisas Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) e Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), do mês de agosto, os consumidores estão dispostos a ir às compras, enquanto os empresários têm expectativas positivas para o futuro. As pesquisas foram realizadas pela Fecomércio Ceará, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC).

ICC

Em agosto, o Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza apresentou aumento de +5,5%, passando de 107,3 pontos em julho, para 113,2 pontos neste mês. A melhoria da confiança puxou a intenção de consumo que subiu +7,4 pontos percentuais, gerando o melhor resultado do ano, com 43,1% dos entrevistados, revelando pretensão de compra.

O incremento do ICC foi provocado pela recuperação dos seus dois componentes: o Índice de Situação Presente (ISP) apresentou avanço de +9,9%, passando de 99,4 pontos, em julho, para 109,2 pontos neste mês. Já o Índice de Situação Futura (IEF) teve elevação de +3,0%, alcançando o patamar de 115,9 pontos, como pode ser visto na tabela a seguir:

Expectativa dos consumidores

De acordo com o levantamento, neste mês, 51,2% dos entrevistados mostram boa disposição para a compra de bens duráveis, resultado superior ao observado em julho, quando 46,5% responderam afirmativamente à mesma questão.

Dentre aqueles que demonstram maior entusiasmo, destacam-se os consumidores do sexo masculino (52,2% das entrevistadas afirmam que agosto é um bom momento para compra de bens de consumo duráveis), do grupo com idade entre 18 e 24 anos (61,4%) e do estrato com renda familiar acima de dez salários mínimos (80,5%).

O estudo também mostra que 67,5% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano – taxa acima da verificada em julho (59,8%). Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 79,0% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.

Sobre a percepção do ambiente econômico nacional, também tivemos uma mudança positiva nas expectativas para os próximos doze meses, que passaram de 51,7% de otimismo, em julho, para 52,3% de otimismo neste mês. A melhoria das expectativas do fortalezense tem efeito direto sobre a disposição para compras e pode sinalizar a esperada retomada do consumo.

Pretensão de compra

A taxa de pretensão de compras teve aumento de +7,4 pontos percentuais, passando de 35,7%, em julho, para 43,1% neste mês – a melhor taxa observada em 2019.

Na lista de produtos mais procurados, destacam-se artigos de uso pessoal e itens para o lar, como artigos de vestuário, geladeiras e móveis:  artigos de vestuário, citados por 17,6% dos entrevistados; geladeiras e refrigeradores (16,2%); móveis e artigos de decoração (15,3%); televisores (14,0%); aparelhos de telefonia celular e smartphones (12,9%); calçados (12,2%); fogões (11,9%); e máquina de lavar roupa (11,8%).

O valor médio das compras é estimado em R$ 595,28 e a intenção de compra mostra-se mais elevada para os consumidores do sexo masculino (44,1%), mais vigorosa para o grupo com idade entre 18 e 24 anos (52,3%) e no estrato com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (47,8%).

ICEC

Os empresários acompanham o mesmo ritmo positivo dos consumidores. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará do bimestre julho/agosto teve crescimento de +0,6% no sentimento geral de confiança dos empresários, com o índice passando de 99,3 pontos, no bimestre maio/junho, para 99,8 pontos na medição atual.

Com esse resultado, o Índice de Confiança do Empresário se aproximou ainda mais do campo que indica otimismo (acima dos 100,0 pontos), tendo sido superior ao observado no mesmo período do ano passado (94,9 pontos). A análise dos seus componentes mostra uma preocupação com a situação atual, mas com perspectivas melhores para os próximos meses.

O Índice de Situação Presente - ISP teve redução de -6,4%, saindo de 81,3 pontos no bimestre maio/junho, para 76,1 pontos no período atual. O pessimismo é influenciado pela percepção de piora nas condições gerais da economia para 77,6% dos entrevistados e os reflexos sobre as empresas, com 85,6% das respostas indicado piora nas condições gerais dos negócios nos últimos seis meses.

Já o componente Índice de Situação Futura – ISF cresceu +5,6%, passando de 118,6 pontos no último bimestre para 125,2 pontos no período julho/agosto. Colaborou para esse resultado a expectativa de momentos melhores para o setor de atividade para 72,5% dos entrevistados e a previsão de crescimento de vendas nos próximos seis meses para 88,9% dos empresários consultados.

Finalmente, quanto ao Índice de Investimentos das Empresas – IIE, houve queda de -1,9%, resultando em um indicador de 89,7 pontos. O IIE reflete os planos de dispêndio de capital, com 92,3% dos empresários esperando baixo nível de investimento em seus negócios, e reduzida disposição para contratar, intenção revelada por apenas 29,0% dos consultados.

 

 

 

 

 

 

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