A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou de 6,4% para 5,9% entre outubro e novembro, menor nível desde fevereiro de 2008 (5,8%). Em comparação com o mesmo período no ano anterior, houve recuo de 3,3 pontos percentuais.
“Como previsto nos meses anteriores, a expectativa de inflação dos consumidores se mantem em queda. O fator que mais contribui para essa tendência de queda das expectativas é a percepção da inflação atual, IPCA acumulado em 2017, e a repercussão positiva relacionada ao controle dos preços. Seguindo a mesma linha de raciocínio dos últimos meses, espera-se que a expectativa de inflação dos consumidores feche o ano no patamar de 5%”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/IBRE.
Na distribuição por faixas de inflação, 47,6% dos consumidores projetaram inflação dentro dos limites de tolerância (3% – 6%) estabelecidos pelo Banco Central. Dentre os intervalos, aquele entre o limite inferior (3%) e a meta (4,5%) apresentou a maior proporção de respostas 26,7%, 4,6 pontos percentuais acima do apresentado no mês anterior.
A inflação mediana esperada pelos consumidores recuou nas quatro faixas de renda. A queda do indicador foi influenciada principalmente pela redução das expectativas dos consumidores na faixa de renda acima de R$ 9.600,00, que já preveem a inflação nos próximos doze meses abaixo da meta de 4,5%.
*Fonte FGV/IBRE