Segundo dia do evento reuniu grandes nomes nacionais da área

Uma vasta programação voltada a capacitação dos educadores do Sesc e do Senac do Ceará foi disponibilizada nesta quinta-feira (09.06), no Congresso de Educação Sesc Senac. Com o tema “Metodologias e Inovação em Sala de Aula: Os desafios da formação docente”, o segundo dia do evento começou com as palestras “BNCC do Ensino Fundamental na prática”, com Priscila Boy, e “Educar na Era Digital”, com Andréa Filatro. Realizadas de forma concomitante e silenciosa, elas contaram com recursos inclusivos, destaque desta terceira edição do CESS.

Andréa Filatro destacou as muitas possibilidades que as tecnologias geram para o processo de aprendizagem, como a gamificação. “Os jogos nos dão sensação de bem-estar”, afirmou, elencando as características que tornam os elementos de games algo tão atrativo, como regras, controle, liberdade de falhar e começar de novo, a pontuação, os constantes feed backs e o poder de alcançar uma meta. Andréa é autora de “Metodologias inov-ativas”.

Em sua fala, Priscila Boy citou a importância de ter ações concretas que permitam efetivar a representatividade e os direitos humanos, exemplificando com o enredo de seu livro “Qual é a cor do amor? A história de Lorenzo e Dandara”. As palestrantes participaram de um momento de autógrafos de suas publicações, que foram comercializadas no espaço da Livraria Senac, especialmente criado para o Congresso.

Em seguida, Júlio Furtado abordou o tema “As ‘Desaprendizagens’ do Professor na Escola pós-pandemia”. Ele envolveu o público alertando sobre a necessidade de “vivenciar o presente”, numa palestra voltada para a realidade de atuação dos professores do Sesc e instrutores do Senac. Com uma abordagem questionadora, Júlio falou ainda sobre crenças e reaprendizagens para os cerca de 1.200 participantes.

A tarde foi dedicada aos workshops e mesas redondas. No palco principal, novamente de forma concomitante e no modelo silencioso, foram realizadas duas mesas redondas: “Novos Modelos de Educação: O Que Esperar do Futuro?”, com os debatedores Júlio Furtado e Lane Primo, além de mediação de Sidarta Cabral; e “Educação Profissional: A Formação Para o Mundo do Trabalho”, com Rodolfo Sena, Annette de Castro e Mazza Maciel, com mediação de Andrea de Oliveira.

Os workshops prenderam a atenção dos docentes em seguida. Samuel Façanha falou sobre “ODS no Contexto da Escola”; Herbert Lima abordou “Letramento Digital e Tecnologia Educacional”, e Gildário Lima discorreu sobre o tema “A Ciência na Escola, Soluções e Inovações no Contexto da Educação”. Todos os workshops contaram com muita interatividade, recursos tecnológicos e apresentações de cases.

Programação paralela
O projeto Sala de Ciências do Sesc ganhou uma área especial no Congresso, com exposição que mescla elementos sobre o corpo humano, vírus e bactérias, além de uma ala dedicada à Física. Além disso, o espaço Vivências Inclusivas Educação no Metarverso da Acessibilidade apresenta aos congressistas recursos tecnológicos que podem ser aplicados à educação. Também dentro da programação paralela do evento, a aula de ginástica laboral do educador físico, Miro Almeida, fez o público se mexer, numa performance coletiva contagiante.

Palestra Magna
Hamilton Werneck, pedagogo e professor universitário, substituiu a palestrante Cláudia Costin, impossibilitada de participar do evento por questões de saúde. Conhecedor da realidade da atuação docente dos profissionais do Sesc e do Senac, ele conduziu a palestra magna do dia, quando destacou a importância de se estar preparado para mudanças, especialmente após o cenário de pandemia. “Uma grande característica do profissional desse século é estar preparado para o imprevisível”, alertou. Reinventar-se a partir dos desafios foi outra dica do especialista, que encerrou a programação desta quinta. O CESS prossegue amanhã.

Uma experiência incrível
Teresa Monalisa, Assistente Pedagógica da Escola Educar Sesc de Juazeiro do Norte, participa pela primeira vez o CESS, que classifica como “uma experiência incrível”. A jovem educadora destaca a importância do contato com os profissionais das outras unidades do Regional Ceará para uma troca de saberes que engrandece. “Esse momento, de poder sentar para estudar e refletir sobre os conhecimentos contemporâneos da educação é muito importante pra gente ressignificar nossa prática docente, sempre em busca de melhorar e oferecer nosso melhor trabalho para os educandos”, afirmou.

A avaliação de um veterano
Octávio Trigueiro, Instrutor de Gastronomia do Senac Quixadá, ressaltou a importância da troca proporcionada em um evento presencial. Ano passado a gente teve esse congresso online e sentimos falta da presença, de estar todo mundo junto. Muitas vezes, a gente só se comunica por e-mail e não tem esse contato presencial”, disse ele, que participou de todas as três edições do CESS. Como expectativa para o próximo ano, Trigueiro lança um desafio: realizar ações voltadas especificamente para sua área de atuação, mostrando na prática a aplicação das novas tecnologias no ambiente de trabalho da Gastronomia.