O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) apresentou crescimento de 3,3% no bimestre novembro/dezembro, passando de 114,4 pontos no último bimestre para 118,2 pontos na medição atual. A pesquisa, realizada pela Fecomércio, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), mostra o retorno do índice de confiança aos patamares existentes no período anterior à pandemia da Covid-19, refletindo melhoria significativa na expectativa dos consumidores, com reflexos diretos no aquecimento do consumo. A variação do ICC foi resultado do incremento combinado dos seus dois componentes, sendo que o Índice de Situação Presente (ISP) aumentou 5,5%, passando de 88,3 pontos no período setembro/outubro para 93,2 pontos nesta edição. Já no Índice de Situação Futura (IEF), que passou de 131,8 pontos no último bimestre para 134,9 pontos agora, a ampliação foi de 2,3%.
O consumidor tem percebido o arrefecimento dos índices de inflação e melhora no mercado de trabalho, interpretando esses sinais como uma conjuntura econômica mais favorável, o que trará reflexos positivos no perfil de consumo na Black Friday, que este ano ocorre no dia 25 de novembro, e para as festas do fim do ano.
Expectativa dos consumidores
O período se inicia com crescimento da procura por bens de consumo duráveis, com 34,6% dos entrevistados afirmando ver um bom ou ótimo momento para a compra de bens duráveis (o indicador foi de 30,6% no último bimestre), sendo este percentual o melhor resultado do ano. O perfil do consumidor que irá às compras mostra predomínio do grupo de sexo masculino (39,8% de resposta afirmativa), do estrato com idade entre 18 e 24 anos (40,4%) e do agrupamento com renda familiar acima de dez salários mínimos (61,3%).
O estudo também mostra que 59,8% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 85,1% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.
Sobre a percepção do ambiente econômico nacional, 73,6% dos consumidores entrevistados acreditam em melhoria no cenário nos próximos doze meses, resultado superior ao observado no bimestre setembro/outubro, de 68,1%.
Pretensão de compra
A taxa de pretensão de compra teve evolução de 6,8 pontos percentuais, passando de 43,7% no bimestre encerrado em outubro, para 50,5% no bimestre novembro/dezembro.
A maior propensão ao consumo se encontra nos grupos masculino (52,1%), com faixa etária entre 18 e 24 anos (57,2%) e com renda familiar mensal superior a dez salários-mínimos (74,3%). A lista dos itens mais procurados é apresentada a seguir:
i. Artigos de vestuário, citados por 34,0% dos entrevistados;
ii. Calçados (27,9%);
iii. Televisores (18,9%);
iv. Móveis e artigos de decoração (17,6%);
v. Geladeiras e refrigeradores (11,3%);
vi. Aparelhos de telefonia celular e smartphones (10,0%);
vii. Fogão (9,6%); e
viii. Máquina de lavar roupa (8,8%).
O valor médio das compras é estimado em R$ 629,30 e o potencial de consumo mostra-se mais elevado para o grupo de consumidores do sexo masculino (R$ 652,31), com idade acima dos 35 anos (R$ 645,26) e do estrato com renda familiar superior a dez salários-mínimos (R$ 725,00).