Pesquisa mostra que 79,8% dos consumidores acreditam em melhora na situação financeira, apesar de leve queda na intenção de compra
A confiança do consumidor fortalezense manteve-se praticamente estável em maio, segundo pesquisa mensal do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio Ceará. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou 114,0 pontos, uma leve queda de 0,7% em relação a abril (114,7 pontos).
A estabilidade do indicador reflete uma percepção constante sobre a situação financeira atual das famílias, ao passo que a expectativa em relação ao futuro apresentou leve recuo. O Índice de Situação Presente (ISP) avançou de 105,8 para 106,0 pontos (+0,2%), enquanto o Índice das Expectativas Futuras (IEF) caiu 1,1%, chegando a 119,3 pontos.
Mesmo diante da oscilação, o estudo revela que a maioria dos consumidores segue otimista: 69,9% afirmam estar em melhor situação financeira do que há um ano, e 79,8% acreditam que estarão ainda melhores no futuro. Em relação à economia nacional, 55,1% dos entrevistados projetam melhorias nos próximos 12 meses, impulsionados pelo crescimento do PIB e avanços no mercado de trabalho, apesar das preocupações com a alta do custo de vida e juros elevados.
Intenção de compra desacelera, mas consumo se mantém em patamar relevante
A pesquisa aponta que 33,0% dos consumidores têm intenção de comprar nos próximos meses, leve queda em relação a abril (33,7%) e abaixo do índice registrado em maio de 2024 (38,8%). O perfil com maior propensão à compra inclui homens (35,7%), jovens entre 18 e 24 anos (43,1%) e famílias com renda acima de dez salários mínimos (45,9%).
Entre os itens mais desejados pelos consumidores estão: geladeiras e refrigeradores (19,8%); móveis e artigos de decoração (17,0%); vestuário (15,6%); televisores (15,4%); fogões (11,6%); lavadoras de roupa (9,4%); celulares e smartphones (9,0%). O valor médio pretendido para compras é de R$ 630,34.
Planejamento é essencial para evitar superendividamento
Com o interesse dos consumidores voltado para bens duráveis e semiduráveis, a Fecomércio Ceará reforça a importância da educação financeira. De acordo com a instituição, é fundamental que o consumidor planeje seus gastos e priorize o orçamento familiar antes de realizar aquisições de maior valor, especialmente com o uso do crédito, visando um consumo mais consciente e sustentável. Assim, a Fecomércio recomenda o uso de ferramentas de controle de orçamento, definição de metas de poupança e atenção ao uso do crédito rotativo, que possui juros elevados e pode comprometer a saúde financeira das famílias.