Por ascomsesc, 17/07/25 - 13:55
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Fortaleza, pesquisa realizada mensalmente pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), da Fecomércio Ceará, registrou 113,7 pontos em julho de 2025, uma leve queda de 0,6% em relação ao mês anterior (114,4 pontos). Apesar da retração, o indicador permanece acima da linha dos 100 pontos, sinalizando otimismo sustentado entre os consumidores da capital cearense.
A pesquisa aponta que a redução foi puxada principalmente pela queda de 2,8% no Índice das Expectativas Futuras (IEF), que passou de 121,2 para 117,8 pontos. Já o Índice de Situação Presente (ISP) teve alta de 3,1%, subindo de 104,2 para 107,4 pontos.
A diretora institucional da Fecomércio Ceará, Cláudia Brilhante, destaca que os dados de julho apontam para um cenário de transição. Apesar de uma leve queda na intenção de consumo, a confiança pessoal do consumidor permanece resiliente, mesmo diante de um contexto econômico ainda desafiador. “O consumidor demonstra, de forma geral, uma postura otimista, tanto em relação à sua condição financeira quanto ao cenário nacional. Ao mesmo tempo, esse comportamento reflete também uma forte resiliência, especialmente frente a fatores como inflação, emprego e crédito, que impactam diretamente a intenção de compra”, ressalta.
Um dos destaques do levantamento é que 67,2% dos entrevistados avaliam que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano, e 79,8% acreditam em uma condição ainda mais favorável no futuro. Quando o foco é a economia nacional, 54,3% dos consumidores mantêm uma visão otimista para os próximos 12 meses.
A percepção positiva sobre o momento também se reflete na avaliação para compras: 51% dos entrevistados consideram julho um bom período para adquirir bens duráveis. Esse otimismo é mais expressivo entre os homens (54,3%), pessoas de 25 a 34 anos (57,8%) e com renda familiar superior a sete salários-mínimos (66%).
Contudo, a intenção de compra apresentou queda de 5 pontos percentuais, passando de 41,2% em junho para 36,2% em julho. O percentual atual também é inferior ao registrado no mesmo mês de 2024 (41,1%). A pesquisa revela que o interesse por compras é maior entre os consumidores do sexo masculino (38,7%), jovens entre 18 e 24 anos (50,3%) e os de maior renda (47,2%).
Entre os produtos mais procurados estão artigos de vestuário (19,3%), televisores (16,6%), calçados (14,7%), móveis e decoração (14%), geladeiras (14%), celulares (12,4%) e fogões (11,3%). O valor médio das compras pretendidas é de R$ 633,71.