Para ampliar a visão dos profissionais sobre o setor de eventos e as novas fontes de recursos, bem como apresentar às empresas dos demais setores opções de fornecer seus produtos e serviços ao mercado, o Sindieventos Ceará, juntamente com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos – Estadual Ceará (Abeoc Ce) e o Visite Ceará, promoveu o Seminário “Oportunidades de negócios no Setor de Eventos”. Realizado no dia 25 de abril, no Senac Aldeota, durante a Semana do Profissional de Eventos, o encontro foi aberto ao público.
Na abertura, a Secretária de Turismo do Ceará, Yrwana Albuquerque, falou sobre “Turismo de Negócios”, tendo como case de sucesso o Centro de Eventos do Ceará. Em seguida, o evento contou com as palestras de Joaquim Cartaxo, superintendente do Sebrae Ceará sobre o tema “Cultura e Evento”; de Paulo Benevides, economista e diretor da Propono Consultoria Cultural, que levou o tema “Como viabilizar negócios na Economia Criativa?”; Jack Schaumann, mentor e consultor, falando sobre “Como realizar bons negócios pelos seus comportamentos”; e Rosier Alexandre, consultor organizacional, com o tema “Reinvenção pós-pandemia”.
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em 2020, o mercado criativo brasileiro movimentou R$217 bilhões, representando 2,9% do PIB Nacional. Para o superintendente do Sebrae/CE, Joaquim Cartaxo, os resultados do estudo da Firjan mostram o potencial contributivo da Economia Criativa para o desenvolvimento do país na geração de trabalho, renda e valorização da cultura brasileira. “Este é um segmento que vem crescendo a cada ano e que vem possibilitando o surgimento de novos negócios e ampliando a geração de emprego. Por isso, a importância de se promover o debate sobre este tema”.
O ascendente mercado cultural agrega valor em todos os setores da economia global, sendo a principal fonte de geração de renda para milhares de produtoras de projetos culturais das diversas linguagens artísticas que podem ser beneficiadas com leis de incentivo, fundos e editais, como por exemplo, a Lei Paulo Gustavo que prevê em 2023 o repasse de R$ 3,86 bilhões ao setor cultural brasileiro.
O consultor Paulo Benevides destaca que a cultura é um grande propulsor de negócios tanto com demandas de suprimentos e logísticas como um importante ativo na valorização dos empreendimentos. “Por ser um setor transversal com os demais setores econômicos, possibilita a abertura de negócios para micro e pequenas fornecedoras de produtos, serviços, estruturas e logísticas dos mais variados ramos para suprir as demandas dos projetos culturais, eventos corporativos e ações de turismo. Assim como agrega valor seja oferecendo no estabelecimento ações artísticas como música ao vivo, dança, teatro, exposições, cinema, livros, artesanato e moda para atrair mais consumidores, seja utilizando a arte como matéria prima e incremento dos produtos e serviços das empresas”, explica.
Além disso, empresas que apoiam projetos culturais vinculam a sua marca a ações bem vistas pela sociedade, o que, segundo o consultor, amplia as oportunidades de divulgação na mídia e cumpre com sua função de empresa com responsabilidade social, muitas vezes utilizando de isenção fiscal. “Por isso, é fundamental que os agentes culturais, produtores e profissionais ligados ao setor criativo entendam como participar de editais, onde procurar investimentos e quais oportunidades estão disponíveis para o seu tipo de negócio”, diz Paulo Benevides.