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Fecomércio realiza debate sobre os impactos da Reforma Tributária no setor automotivo

A Câmara do Setor Automotivo (CSA), vinculada à CACE (Câmaras dos Conselhos Empresariais da Fecomércio Ceará), promoveu, nesta quarta-feira (26), um debate sobre a Reforma Tributária e seus impactos no setor de comércio de veículos automotores.

Durante o evento, que reuniu empresários, representantes sindicais e especialistas, o presidente da CACE, Éverton Fernandes, destacou a relevância do debate para o setor, afirmando que a Reforma Tributária representa um tema central para o futuro do comércio. “Discutir os impactos dessa reforma com especialistas é essencial para que as empresas possam se preparar adequadamente para os desafios que virão. A Fecomércio Ceará, por meio da CACE, se coloca como um facilitador desse diálogo, oferecendo aos empresários as ferramentas necessárias para navegar nesse novo cenário tributário”, afirmou.

A presidente da CSA, Ana Furtado, também sublinhou a importância da discussão em um momento de tantas transformações. “Este debate é fundamental para que o setor automotivo, que tem forte participação na economia cearense, possa entender as mudanças que estão por vir. A Reforma Tributária exigirá uma reestruturação significativa das operações das empresas e é nosso papel proporcionar os meios para que todos possam se adaptar a essas novas condições de maneira eficiente e estratégica”, destacou.

Impactos estratégicos para o setor automotivo

Durante a discussão, foram apresentados os principais impactos que a Reforma Tributária terá tanto para o setor do comércio em geral quanto especificamente para o mercado automotivo. Entre os pontos destacados estavam a unificação de tributos como Pis/Cofins/ICMS/ISS para CBS/IBS, a cobrança no destino e não mais na origem, o fim de regimes especiais e benefícios fiscais estaduais, além da tributação sobre o conceito amplo de receita e a compensação ampla de créditos tributários.

No que diz respeito ao setor automotivo, os especialistas alertaram para o fim do regime monofásico do Pis/Cofins, a distribuição de créditos tributários ao longo da cadeia produtiva, a substituição do ICMS e ISS por um IBS com alíquota única, e o fim da guerra fiscal entre os estados. Os especialistas ressaltaram que, diante das mudanças, as empresas do setor automotivo precisarão adotar novas estratégias.

O evento contou com a participação dos advogados Alexandre Goiana, diretor jurídico da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave CE), presidente do Instituto Nacional de Processos Tributários e sócio-diretor da AG Sociedade de Advogados, e Julio Yuri Rolim, especialista em Direito Tributário e sócio do Núcleo Tributário da mesma sociedade de advogados.