O presidente do Sistema Fecomércio Ceará, Luiz Gastão, foi um dos palestrantes do Seminário Cetur– Eventos e Turismo no Ceará: Perspectivas, realizado nesta segunda-feira (18/08), no Senac Aldeota. O encontro, promovido pelas entidades que compõem o Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da Fecomércio Ceará, reuniu especialistas e lideranças do setor para discutir tendências, oportunidades e desafios da cadeia produtiva do turismo e dos eventos.

Durante sua participação no painel “Eventos e Turismo no Brasil e no Ceará”, Luiz Gastão, que também é deputado federal, contextualizou as decisões que envolveram o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e defendeu a manutenção de incentivos ao setor, principalmente para pequenos e médios empresários. Criado para auxiliar empresas do setor de eventos a se recuperarem dos impactos da pandemia de COVID-19, que gerou restrições e cancelamentos, o Perse, segundo Luiz Gastão, foi um instrumento fundamental para dar fôlego ao setor e, ao mesmo tempo, garantir um ambiente seguro para planejamento e crescimento das empresas.

O programa foi encerrado pela Receita Federal após atingir o limite de renúncia fiscal de R$ 15 bilhões. Para corrigir algumas distorções, segundo ele, há um novo projeto em discussão (Projeto de Lei Complementar nº 21/2025), que também cria um programa de refis que abrange prioritariamente os microempreendedores individuais (MEI) e pequenas empresas para recuperação fiscal, dentro de um universo de cerca de 22 milhões de empresas do Simples Nacional.

Ele destacou que esse projeto ainda não foi aprovado, está tramitando e encontra-se em fase de análise pelas comissões da Câmara e que está acompanhando para sugerir ganhos para o segmento.

Para Luiz Gastão, é essencial que os setores de eventos e turismo continuem recebendo apoio. “Os setores de eventos e turismo são os que mais têm condições de alavancar o desenvolvimento regional e do Ceará, pois, além de atrair renda externa, ampliam o emprego local e estimulam o consumo. Por isso, defendemos que recebam mais incentivos e investimentos. Seminários como este são fundamentais para reavaliarmos gargalos, oportunidades e estratégias, desde a atração de eventos até a interiorização do turismo e a permanência do visitante por mais tempo em nosso Estado. O Sistema Fecomércio segue comprometido em contribuir e defender esse segmento tão importante para o Ceará”, destacou.

Programação
O painel também contou com a participação de Luiz Fernando Bittencourt (vice-presidente do Sistema Fecomércio); Enid Câmara (presidente da Abeoc Nacional); Stella Pavan (presidente do Sindieventos); e Joaquim Cartaxo (superintendente do Sebrae-CE e presidente do Cetur). Durante as discussões, os palestrantes destacaram a importância da criação de um Marco Legal para o Setor de Eventos e de um Observatório Nacional, capaz de compilar dados do setor periodicamente.

Outro ponto abordado foi a necessidade de criar uma rede nacional de infraestrutura para eventos, bem como uma plataforma digital integrada para conectar organizadores, fornecedores e destinos, nos moldes da plataforma Meu Evento no Ceará, já existente no Estado.

Em outro painel, o evento trouxe o debate sobre os “Indicadores Econômicos do Segmento de Eventos no Ceará”, com a participação de Leonardo Araripe (presidente da Abeoc Ceará); professor Joel Rodrigues (Centro de Inteligência da Fecomércio CE); Suemy Vasconcelos (Visite Ceará); Ivana Bezerra (presidente da ABIH CE); e Anya Ribeiro (presidente da ACETER).