O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) apresentou aumento de 3,6% no período julho/agosto de 2023, passando de 115,2 pontos no último bimestre, para 119,4 pontos na medição atual. É o que aponta o levantamento realizado pela Fecomércio Ceará, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC). A melhora do indicador de confiança está relacionada com uma percepção mais positiva da economia, com dois em cada três consumidores otimistas com relação aos próximos meses.
A variação do ICC foi positivamente afetada pelo incremento dos seus dois componentes, sendo que o Índice de Situação Presente (ISP), subiu 7,4%, passando de 100,3 pontos no bimestre maio/junho, para 107,8 pontos nesta edição. Já o Índice das Expectativas Futura (IEF), que passou de 125,2 pontos no último bimestre para 127,2 pontos agora, teve aumento de 1,6%, como pode ser visto na tabela 1 a seguir:
Tabela 1 – ICC, Síntese dos resultados
Índice | Valor mensal – em pontos | Média do Período | ||
Mar/Abr | Mai/Jun | Jul/Ago | ||
Índice de Confiança do Consumidor – ICC | 115,1 | 115,2 | 119,4 | 116,6 |
Índice de Situação Presente – ISP | 101,3 | 100,3 | 107,8 | 103,1 |
Índice das Expectativas Futura – IEF | 124,4 | 125,2 | 127,2 | 125,6 |
Fonte: Pesquisa Direta IPDC
Expectativa dos consumidores
Em julho, 49,9% dos consumidores consideraram este um bom momento para a compra de bens duráveis, o que representa um aumento em relação ao índice registrado no bimestre maio/junho (38,9%). O perfil do consumidor que poderá ir às compras mostra predomínio do grupo de sexo masculino (50,9% de resposta afirmativa), do estrato com idade entre 18 e 24 anos (54,1%) e do agrupamento com renda familiar acima de dez salários-mínimos (75,2%).
O estudo também mostra que 69,5% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 85,2% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.
Sobre a percepção do ambiente econômico nacional, 66,6% dos consumidores entrevistados acreditam em melhoria no cenário nos próximos doze meses, resultado superior ao observado no bimestre maio/junho, de 60,8%, confirmando a melhora de expectativas.
Pretensão de compra
A intenção de compra no bimestre julho/agosto é de 36,3%, uma redução de 3,9 pontos percentuais em relação ao fechamento do primeiro semestre e abaixo do índice registrado no mesmo período do ano passado (43,2%).
A maior propensão ao consumo se encontra nos grupos do sexo masculino (37,6%), com faixa etária entre 25 a 34 anos (45,8%) e com renda familiar mensal acima de dez salários-mínimos (70,0%).
O valor médio das compras é calculado em R$ 639,73 e a lista dos itens mais procurados se concentra em bens de consumo duráveis:
1. Televisores, citados por 21,9% dos entrevistados;
2. Artigos de vestuário (20,9%);
3. Móveis e artigos de decoração (19,5%);
4. Geladeiras e refrigeradores (19,4%);
5. Calçados (17,3%); e
6. Aparelhos de telefonia celular e smartphones (17,0%).