A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio/CE), divulga nesta sexta-feira (12), o resultado das pesquisas: Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) e Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC). O ICC apresenta crescimento de 2,6%, em relação ao mês de julho, enquanto o ICEC também mostra elevação de 4,4%, com o índice anterior, passando de 92,9 pontos para 97,0 pontos, nesta última medição.
ICC
O Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza apresentou crescimento de 2,6% em agosto com relação ao último mês de julho, passando de 96,1 pontos para 98,5 pontos neste mês. Apesar do indicador permanecer no campo que indica pessimismo por parte do consumidor, o resultado ainda é melhor do que o observado no mesmo mês do ano passado (índice de 95,8 pontos), puxando a demanda por bens de consumo semiduráveis. O resultado do ICC de agosto decorreu da redução combinada dos seus dois componentes: o Índice de Situação Presente subiu 4,8%, passando de 80,2 pontos em julho para 84,1 pontos neste mês; o Índice de Situação Futura elevou-se 1,5%, atingindo 108,2 pontos.
Pretensão de compra
Acompanhando o comportamento do Índice de Confiança, a taxa de pretensão de compras teve aumento de 0,9 pontos percentuais, passando de 38,6%, em julho, para 39,5% neste mês. Essa taxa é ligeiramente superior à verificada no mesmo mês do ano passado, de 39,3%, sugerindo uma relativa estabilidade no indicador.
O valor médio das compras é estimado em R$ 287,38 e a intenção de compra mostra-se superior para as mulheres (39,9%), mais vigorosa para os consumidores do grupo com idade entre 18 e 24 anos (47,0%) e com renda familiar superior a dez salários mínimos (68,9%). Os produtos mais procurados são dominados pelos bens de consumo duráveis: Artigos de vestuário, citados por 27,9% dos entrevistados; Calçados (18,7%); Televisores (18,2%); Aparelhos de telefonia celular (16,0%); Móveis e artigos de decoração (11,0%); e Máquina de lavar roupa (8,5%).
Expectativa dos consumidores
A expectativa dos consumidores, medida pelo percentual de consumidores que consideram o momento atual ótimo ou bom para a compra de bens duráveis também teve restrição em agosto, passando de 26,2%, em julho, para 29,4% neste mês. No perfil daqueles com maior otimismo se destacam os consumidores do gênero masculino (37,9%), do grupo com idade entre de 18 e 24 anos (32,5%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (34,6%).
A pesquisa também revela que 49,7% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 75,4% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.O consumidor de Fortaleza tem mostrado preocupações com a situação econômica nacional, com 57,5% dos entrevistados descrevendo-a como ruim ou péssima. Esse sentimento recebe influências da percepção da inflação, da piora nas condições do crédito e do sentimento de relativa piora no mercado de trabalho.
Saiba mais
A Pesquisa de Confiança e Intenção de Compra do Consumidor de Fortaleza (ICC) é realizada mensalmente pelo IPDC- Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio, ligado à Fecomércio-CE. Tem como principal objetivo verificar a expectativa real dos consumidores, em relação à situação econômica e em relação às futuras intenções de compras. A pesquisa avalia, também, o potencial de consumo a cada mês, a confiança do consumidor em relação à capacidade de compra e a situação do país. Além de verificar os produtos que o consumidor deseja adquirir, a propensão para gastar, a situação financeira atual e futura do consumidor, entre outros.
ICEC
Já o resultado da pesquisa Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará – ICEC, aponta que do bimestre julho/agosto mostra um aumento de 4,4% no sentimento geral de confiança, com o índice passando de 92,9 pontos, no bimestre maio/junho, para 97,0 pontos na medição atual. O resultado foi influenciado pela percepção de melhora no setor de atividade e na condição geral das próprias empresas, com potenciais repercussões no mercado de trabalho, aumentando as contratações.
O componente Índice de Situação Presente – ISP passou pela mudança mais expressiva, com incremento de 32,9%, saindo de 51,1 pontos no segundo bimestre para 67,9 pontos em julho. Apesar de ainda restar preocupações com o as condições gerais da economia brasileira, com 68,5% dos entrevistados afirmando que elas pioraram nos últimos doze meses, há um sentimento de melhora na condição geral da empresa, com 7,4% dos entrevistados relatando uma situação melhor ou muito melhor do que nos seis meses anteriores.
As perspectivas para o futuro, refletidas no Índice de Expectativas Futuras – IEF, tiveram piora de 5,0%, influenciada, principalmente por conta das preocupações com o ambiente econômico e os seus efeitos sobre o potencial de faturamento futuro, com 35,3% dos entrevistados prevendo piora no valor das vendas para os próximos seis meses – em maio, esse índice era de 22,9%. Registre-se que mesmo com a queda, o índice permanece na área que indica otimismo, com 122,5 pontos.
A pesquisa ainda mostra que, acompanhando a melhoria da confiança, a intenção de investimentos também sobe, com o Índice de Investimentos das Empresas tendo incremento de 6,2% no bimestre e atingindo 92,2 pontos. Os reflexos poderão ser sentidos na disposição de contratação de mão-de-obra, com 46,4% dos entrevistados relatando entusiasmo para aumentar a força de trabalho, e na movimentação dos estoques, com 65,0% prevendo queda dos inventários.